Meu Brasil Brasileiro Dançante e Cheio de Vida...

OFICINAS DE DANÇAS CIRCULARES NO BRASIL- ABRIL DE 2014

Partilhando do meu estudo na Europa com ênfase na Cultura Celta, e nos círculos de Mulheres ;)

DIA 05/04/14 no  GIRAMUNDO em Caxias do Sul -RS

DIA 16/04/14 no ESPAÇO SOLAR em Caxias do Sul-RS

DIA 22/04/14 na RAKAÇA em Caxias do Sul-RS 

DIA 23/04/14 no SALÃO DA PAULINHA em Caxias do Sul-RS

DIA 25/04/14 no CORPO ALEGRE em Porto Alegre RS

DIA 26/04/14- Danças Celtas no CORPO ALEGRE em Porto Alegre-RS

E finalizando a temporada no Brasil... DIA 27/04/14 Danças Celtas no ESPAÇO DA BEA em São Leopoldo- RS

Danças em Portugal- Março de 2014- Tecendo danças e relações...

O Despertar do Poder Interior

Descubra como a Dança te conecta com o teu poder interno, movimenta o teu corpo com segurança e gratidão, recupera a tua intuição, retoma o contato com os ciclos da vida e com teus próprios ciclos, reensina a comunicar-te com teu coração e torna-te cada vez mais consciente. 
Durante a manhã circularemos por diversas culturas e seus ensinamentos e a tarde teremos a  introdução a Sagrada Prática de Tara - http://www.taradhatusulamerica.com.br/, aprofundando-nos em nossas qualidades iluminadas.

Em LEIRIA- PORTUGAL dias: 7 (a noite) e 8 (manhã e tarde) de março.
Em LISBOA- PORTUGAL dia 9 (de manhã e a tarde)

Bem vind@s a essa especial celebração...

Vou fazer a louvação; Pro que deve ser louvado...

Dublin 5/01/14

Um caminhão, carregado de pedras estava passando pela minha cabeça nos últimos dias, ou será que carregava as pedras que antes carregava eu,  e que de saída havia decidido passar pela minha cabeça para lembrar-me do que acumulei. Não sei, mas era essa a minha sensação ao acordar no dia 05 de janeiro de 2014 na casa de minha amiga Bruna em Dublin.

Poucas horas dormidas e uma chuvinha fina na rua daquelas que convida a ficar dormindo. Mas eu tinha um compromisso de cantar junto ao meu coro na Igreja Christ Church no coração de Dublin.

Lá fui eu,  pus a primeira calça jeans que vi pela frente, uma blusa vermelha de lãzinha fina e meu super casaco preparado para o clima de inverno da minha querida Dublin.

(Van Gogh)

Esse coro a que me refiro, é o Coro Voluntário da Christ Church, um coro de canto lírico onde cantamos obras de Batten, Stanford entre outros compositores do séc: XVI. Algumas peças são inclusive em Inglês Arcaico com palavras que não se usam mais. Isso me explicou uma senhora da Inglaterra, colega do coro, que também me contou a história desse período histórico a que nos referíamos, as reformas na igreja e na língua, etc. Quando terminou o relato eu tinha um sorriso de orelha a orelha por tê-la entendido claramente, ao que ela me respondeu – Sim claro, articulei bem as palavras. Com aquele acento britânico característico.

Quando subi na sala em que ensaiamos (uma sala lindíssima no segundo andar da Igreja com um piano de cauda no centro e uma acústica fabulosa) tive minha primeira surpresa: todos estavam com trajes de festa, e isso tudo era de manhã. Os homens de terno e gravata e as mulheres de saia preta e blusas arrumadas e brilhosas. E eu de calça jeans. Perguntei a Martina, a moça que toca o piano se podia cantar vestida assim e ela perguntou ao maestro que prontamente respondeu que claro e assim me juntei aos cantores no aquecimento da voz.

Quando foi a hora de descer para a Igreja eu ainda sentia um desconforto pela minha roupa e fiquei esperando todos saírem primeiro para perguntar de novo para a senhora (aquela de boa articulação) me explicar se seria um insulto eu cantar na missa com aquela roupa. Desta vez ela não foi tão paciente e não entendendo a minha pergunta saiu apressada.

(Eleanor Fortescue Brickdale)

Desci então e meio que me perdi nos labirintos da Igreja até encontrar o padre (esse eu reconheci pela roupa) que com um amistoso e acolhedor sorriso me perguntou – É sua primeira vez por aqui?. Expliquei que sim que estava com o coro e ele me conduziu aos púlpitos laterais onde ficaríamos para cantar.

Mesmo que eu ainda estivesse meio incomoda pela minha vestimenta, o sorriso do padre me acalmou e quando entrei no meu lugar vi que minhas outras colegas haviam guardado meu espaço e esperavam por mim (acredito agora que talvez elas nem tenham reparado na minha roupa e que se reparam me deram o “desconto”  que toda a juventude e todo estrangeiro ganham por não conhecer os costumes locais).

E ai começou a magia, quando o primeiro acorde do grande órgão da igreja ressoou nos meus ouvidos e na minha alma. Ensaiamos algumas das músicas, e eu já sentia uma atmosfera diferente no ar. Os ajudantes do padre enchiam a Igreja de incenso e eu ia sentindo minha consciência se elevando conforme soltava minha voz e abria meu coração.

(Harry Holland)

A Christ Church é uma Igreja estilo gótico (e antes de reformada era uma Igreja viking) do séc: XI, de orientação , e a missa lá é como voltar no tempo. O sermão do padre é num púlpito ao lado da Igreja, (e foi tão acolhedor quanto o sorriso do próprio. Ele falou de sermos as crianças de Deus, e essa consciência de ver-me tão pequena e amparada foi me dando uma sensação de conforto e pertencimento), o padre e os seus ajudantes caminham por toda a Igreja com bastões rituais e incensos aromáticos, e na consagração compartilham com toda a comunidade tanto a hóstia quanto o vinho. Ironia do destino ou não eu fui a segunda a comungar, com minha calça jeans, diante a toda a Igreja recebendo outro sorriso acolhedor do padre.

(ambas de Pietro de Cartona)

Todos esses ritos eram emoldurados pelos nossos cantos e pelo potente órgão e nesses momentos cheguei a estados de nirvana em louvação. Minha voz era parte de um todo de vozes harmônicas e lindas de se ouvir, e o que cantávamos vinha de dentro do coração. Foram momentos em que realmente eu sentia essas preces.

“-Blessed is He, that comes,  that comes in the name of the Lord,”

 E meu coração se inundava de música, magia e principalmente de paz. A paz de saber-me imperfeita, de saber-me aprendiz. A paz de compreender que tudo é necessário no crescimento e que somente tendo vivido conseguimos entender o porquê das experiências.

(William Adolphe Bouguereau)

(Eleanor Fortescue Brickdale)

 Nesse momento tudo, absolutamente todo fez um sentido completo da perfeição do plano de Deus. Eu entendi no fundo de mim que não havia um segundo da minha vida que poderia ter sido diferente. Entendi que até o que eu considero meus erros serviu para me ensinar, e que todos os aprendizados culminavam naquele momento de fé, cantando em louvor a Deus, mãe e pai que está em nós em cada pedacinho de nós e de tudo. Uma sensação de gratidão, de amor e fé me inundou. Uma euforia calma (é possível isso?) impossível de escrever em palavras. Ao mesmo tempo em que me senti cheia de vida, me senti em repouso, entregue, sabendo que minhas ações estavam amparadas pela vontade divina e que eu podia relaxar e entregar, qual um nenê se entrega ao sono em plena confiança na mãe que o sustenta e protege. Vivi como que uma retrospectiva dessa minha vida, desde a minha infância até esse momento, e ao fim senti o aconchego de chegar onde cheguei e de saber-me nas mãos dele/ dela que não tem gênero e permeia tudo, guarda por tudo e tem um amor infinito por tudo.

(Edward Robert Hughes)

(William-Adolphe Bouguereau)

Uma senhora de cabelos brancos soltos até a cintura foi no púlpito ler o Evangelho e de novo senti aquela sensação de casa. Como se todos os erros da humanidade do passado estivessem purificados naquele momento. Senti perdão por todas nós mulheres que sofremos muito pela ignorância da Igreja, dos homens e de nós mesmas. Senti gratidão pelas que nos precederam e que transmitiram como puderam o incondicional amor de mãe, o mais próximo do divino que há, nunca deixando morrer o selvagem, belo, misterioso e profundo conhecimento feminino.  Senti perdão pelos homens que carregaram por tanto tempo o peso da opressão e da guerra passado de geração a geração. Senti gratidão por todos os homens que conseguiram ir alem dessa sina e foram bons pais, bons companheiros,  cheios de paz e amor no coração Senti  gratidão e pedi perdão por toda essa imperfeição que faz de nós tão humanos e tão frágeis.

(Michelangelo)

E a todas essas já não controlava minha voz que subia como canto de pássaro. Já não precisava pensar nas palavras pois elas vinham e faziam sentido na linguagem universal do amor.

Terminada a missa, me senti forte, completa, segura nas minhas decisões, amparada de saber que nunca estarei sozinha e que estou sempre sendo conduzida pelo melhor caminho, sempre nos braços deles mãe – pai Deus.

Olhando para as cadeiras da Igreja reconheço  Bruna minha amiga. Tamanho amparo e sabedoria flui dessa menina de 23 anos cheia de vida e verdade. Como  sou grata a essa amiga, que se mostrou uma fortaleza de proteção nesse momento em que me vi tão frágil. Vê-la lá e saber que mesmo sem saber ela vivenciou um dos momentos de maior conexão que já vivi na vida,  foi mais um presente  desse Deus vivo que preenche a todos nós.

Na saída  fui me despedir do maestro, que me agradeceu muito e disse – Hoje foi especial para você né? Que bom que desfrutastes!.  Só consegui rir em resposta antes de tentar explicar que foi minha primeira missa em Inglês. Como falar missa em Inglês? Pouco importa as palavras nesse momento e em que idioma saem, acredito  que ele entendeu e após abraços de despedida fomos eu e Bruna de braço dado para fora da Igreja.

( Remedios Varo)

Na rua o vento soprava bênçãos em nossos ouvidos,  o sol tinha aparecido para inundar-nos com sua luz e as belas arvores que circulam a Christ Church lembravam-nos que Deus habita toda a criação. Caminhamos em um cúmplice silêncio, preenchidas de amor e paz, e reconhecendo a vontade divina em todo imperfeito perfeito acontecimento.

(ambas de Claude Monet)

Zona maia- Parte Final - Jornada pelo México 2009

Como prometido aí vai, parte III, parte final dessa jornada por terras mexicanas. Preparados?! Vamos lá!

C)
Sán Cristobal de las Casas (Chiapas) = 2 e 3
"La vibra positiva" como diz na música Estuche, da banda de reggae mexicana Bakte. Realmente a encantada cidade no Estado de Chiapas é pura vibração positiva.
Sán Cristobal fica no alto da montanha, um clima serrano dentro do México. A cidade também é conhecida por Jovel  na lingua nativa tsotsil falada por um povo maia de nome homônimo que habitava aquela região de Chiapas.  Foi a capital do estado até 1892, e ainda é considerada a capital cultural e turística de Chiapas. A capital de Chiapas hoje em dia é Tuxtla Gutérrez.

Na praça Central (Zócalo) encontramos a Catedral de São Cristovão padroeiro da cidade, e  no Cerro de Guadalupe encontramos a Igreja de Guadalupe,  construída em 1834. Para alcançá-la, têm-se que subir 79 degraus morro acima .

O Templo Carmen é tudo o que resta do antigo convento de La Encarnación, que foi fundado em 1597 com as primeiras freiras que chegam entre 1609 e 1610 .O edifício original da igreja foi queimado e restaurado conservando a sua fachada simples. Esse é o "Arco del Carmem" parte do complexo do Templo.

Nas ruas  de Sán Cristobal  podemos encontrar muitas coisas interessantes como painéis de artistas, feira de artesanato e de frutas. Tradicionalmente as mulheres mexicanas preservam muitos hábitos indígenas, como o "rebozo" uma manta tecida que tem múltiplos usos, como o de carregar as crianças presas ao corpo, carregar utensílios ou como manta mesmo para esquentar e adornar o corpo. No dia em que fui ao mercado resolvi colocar meu rebozo carregando as compras que havia feito. Foi uma experiência super interessantes, pois todos me olham com curiosidade, afinal tenho uma super cara de estrangeira lá, e estava utilizando de um costume tão típico e comum para eles.

Outra coisa interessante em Sán Cristobal sãos os Museus. Eu fui em três e recomendo. O primeiro que fui foi o Museu do Âmbar.( http://www.museodelambar.com.mx/).
Segundo a própria definição do site " O ámbar é a única pedra preciosa e semi-preciosa de origem vegetal. Pertence ao grupo das gemas orgânicas como: azabache,pérolas,corais, etc. Se forma de uma resina vegetal residual de algumas árvores que datam de  25 a 40 milhões de anos e que com o tempo sofreram um processo de fossilização.". O museu é lindo dentro de um prédio antigo e conservado e ver vários tipos de gemas de âmbar é impressionantemente lindo.

Outro museu muito lindo ainda nessa linha de preciosidades é o "Museu Mesoamericano del Jade" (http://www.eljade.com/), que tem peças de jade (uma pedra preciosa com diversas colorações de verdes indescritíveis)  das culturas olmeca , mixteca,  zapoteca , maia , tolteca e asteca. Há também uma réplica em tamanho real da câmara de sepultamento de Pacal Votal em Palenque. É um lindo Museu onde nos emocionamos com as incríveis formas, cores, lapidações e com todos os processos que são feitos até hoje para deixar esse mineral ainda mais lindo. O jade por si só é maravilhoso.

E o último museu que eu visitei do qual sai muito emocionada foi o " Museu de Medicina Maya", que é dedicado às várias técnicas e práticas da medicina indígena, muitas das quais ainda são praticados hoje. Foi uma aula de medicina natural e processos naturais de cuidados com a saúde. Achei super interessantes todas as informações, e de crucial importância manter viva essa opção por uma saúde mais focada na cura do que na doença, uma saúde verdadeira e não um mercado que movimenta mega transações monetárias de laboratórios e médicos exclusivamente alopáticos, que não questionam a saúde integral como uma prática natural e preventiva e sim focam na doença como um mercado lucrativo e adicto.  Foi legal por demais estar lá, recomendo super super super.

Em São Cristóval há outros museus super interessantes mas no curto período em que estive lá me foquei em visitar esses três.
Por último nessa cidade super rica, ressalto a presença constante do EZLN - Exército Zapatista de Libertação Nacional . Não que eu saísse encontrando guerrilheiros armados e com passa montanha nas ruas, é claro que não, mas esse movimento super legitimo de grupos indigenas, com o intuito inicial de defenderem suas terras e sua cultura, é super vivo nessa região.
Esse grupo chamou a atenção do mundo quando em 1 de Janeiro de 1994, ocupou e assumiu de volta como território indigena livre,  a cidade de San Cristobal de las Casas juntamente com outras seis comunidades de Chiapas. Tendo como porta-voz a conhecida figura do Sub Comandante Marcos, um "guero" que sempre aparece de gorro passa montanhas encobrindo o rosto  e escreve e fala com uma sensibilidade foraz e arrebatadora. Ler alguns de seus livros foi para mim uma injeção de poesia , realidade e profundidade.
Não entrando em méritos de certo e errado, eu particularmente sempre simpatizo mais com o lado mais oprimido, deixo claro que não concordo com guerra e violência de nenhum dos lados. A mim tanto se me dá em nome de qual ideal se tira a vida de outra pessoa, isso para mim não tem justificativa. Porém o que eu vi do movimento zapatista ao redor de Sán Cristobal foi escolas, lavouras, livros, reidentificação com a cultura indigena tão rica e complexa. E isso que vi realmente me emocionou

Palenque (Ch) = 1
Palenque é um sítio arqueológico maia situado próximo do rio Usumacinta, no estado mexicano de Chiapas. Esse sítio apesar de ser um dos menores (dentro os mais conhecidos) é muito bem conservado e abriga algumas das mais lindas construções do período pré hispânico.

Uma das histórias diz que Palenque era originalmente liderada por mulheres. Segundo o Wiki: "Estudos revelam que as ruínas do Templo de La Reina Roja são mais antigas que as do palácio do rei Pacal, o Grande, descoberto em 1950. Junto às ossadas de La Reina Roja foram encontrados anéis, colares, brincos e braceletes, além de uma máscara e uma tiara, ambas feitas de jade."
Dentro do sítio existem muitas vistas lindas e podemos inclusive ver água cristalina de nascentes

E é nesse sítio que se localiza a famosa tumba do Pacal Votan e da Rainha Vermelha.
K'inich Janaab 'Pakal, chamado Pacal Votan (Março de 603 - Agosto de 683),  era governador político da região maia de Palenque , no período clássico tardio da cronologia mesoamericana pré-colombiana . Durante o seu reinado de cerca de 68 anos Pakal foi responsável pela construção e ampliação de alguns dos mais notáveis templos sobreviventes em Palenque, de arquitetura monumental.
A Rainha Vermelha teve alto status e deveu desempenhar um papel fundamental dentro da linhagem real, como se presume de seu achado em 1994 no chamado Templo das Inscrições, onde se encontrou a tumba do rei Pacal. A "Rainha Vermelha" foi mumificada com cinábrio, mineral vermelho e pesado composto por mercúrio, como demonstrou a análise dos restos. Ela recebeu este nome devido à estranha pigmentação de seus restos ósseos. O corpo foi enterrado na companhia de outros dois corpos que possivelmente foram sacrificados e enterrados junto a ela, um feminino e outro masculino.
A teoria de que eles teriam vivido no mesmo periodo e fossem conjuges ou mãe e filho,  foi desacreditada por um grupo de arqueólogos depois do teste de DNA. Outros ainda defendem essa teoria.

 

Muitos mistérios que envolvem a história dessa civilização bem como seu legado.  Eu sou encantada por todos eles.
Na nossa contemporaneidade houve um historiados chamado José Argüelles que  estudou e interpretou os códigos maias propondo a adoção de um novo calendário onde tempo e arte andam juntos.
Segundo o site http://www.anjodeluz.net/transicao_cosmica/calendariomaya.htm :
"Professor de estética e história da arte, o norte-americano José Argüelles passou a infância no México, e desde muito jovem foi atraído ao estudo da cultura Maia. A partir de seus estudos, Argüelles propõe que a humanidade comece a agir em sincronia com o centro da nossa galáxia, trocando o calendário gregoriano pelo calendário das 13 luas. Sua proposta de calendário é inspirado no calendário solar Maia, o Haab. Com 365 e mais cinco dias aziagos, o Haag é o calendário mais próximo do nosso ano solar moderno de 365,25 dias. O Haab compreendia dois períodos distintos: O Tun = 360 dias divididos em 18 meses de 20 dias O Xma Kaba Kin = 5 dias (considerados azarados) Atualmente, no calendário gregoriano, temos que acrescentar um dia no mês de fevereiro a cada quatro anos para mantermos nossos registros de tempo conforme o período solar. Os “anos bissextos” compensam as discrepâncias anuais de 4 x 0,25, acumuladas entre cada ajuste “bissexto”. Não se tem notícia que tal compensação tenha sido efetuada pelos Maias. Argüelles também propõe que as pessoas passem a adotar um calendário lunar, composto por 13 meses de 28 dias cada. Esse calendário formará um ano de 364 dias. Para completar 365, Argüelles propõe que exista um dia “0″, sem nome ou data, que seria dedicado à meditação. A premissa para a proposta do Calendário das 13 Luas é que, na visão de Argüelles, o calendário gregoriano constitui uma freqüência de tempo artificial que seria a responsável pela alienação do homem da natureza e pela criação de uma civilização materialista dominada pelo dinheiro e pelas máquinas. Para ele, a mudança de calendário redirecionará a humanidade para a freqüência de tempo da natureza, que é representada pelo biologicamente preciso calendário de 28 dias e 13 luas. De fato, a proposta dele é adequada ao ciclo lunar, pois cada ano solar possui 13 luas, cujo ciclo dura em média 28 dias. Além disso, ao contrário da crença corrente, uma mulher não fica grávida por nove meses e sim por nove luas. "

Se encontram no sitio outros simbolos representantes dessa cultura, e que hoje seguem sendo interpretados pelos estudiosos do "Sincronário da Paz" (http://www.sincronariodapaz.org/)

Cascadas de Água Azul,  Cascada Misol-Há e Cascada El Chorreadero (Ch) = 3
Bom aqui já vamos para as belezas naturais do México.
As "Cascadas de Agua Azul" são um balneário de cascatas incrível. É uma série sem fim de cascatas que vão até onde você tenha vontade de caminhar para ver. E na maioria delas se consegue entrar (as que não, é porque são muito grandes :-)). Eles tem uma área de camping lá, e caso você goste de tomar banho de cachoeira aqui você encontrará o paraíso. É uma Área de Proteção de flora e fauna, então você também pode encontrar muitos animais nativos e uma floresta super selvagem. Um lugar maravilhoso bom para descansar e passar o dia na água.

A "Cascada Misol-Há" é outro ponto turístico em Chiapas, mas ela é bem maior em altura que as de Água Azul (porém os mais destemidos podem entrar no seu poço profundo) porém ficar em baixo dela será difícil.

Já a "Cascada El Chorreadero" apesar de super alta, (se pode escalar pela lateral e vê-la de cima, e é lindo!) se pode banhar no poço embaixo dela e embaixo dela literalmente, uma vez que a queda não vem com tanta força. Também há um caminho que se segue pelas pedras onde se podem encontrar outras piscinas derivadas dessa cascata.

Tulum (Quintana Roo)= 1 e 3
Aqui viveram os maias que na minha opinião foram os mais sortudos. Piadas a parte,  Tulum é um sítio arqueológico correspondente a uma antiga cidade muralhada maia. Situa-se ao longo da costa do Mar das Caraíbas (Mar Caribe), no sudeste do México estado de Quintana Roo, numa região conhecida como Riviera Maya.

Já se pode imaginar a beleza de juntar as construções maias e o Mar Caribe né? Então olha só:

Segundo o Wikipédia: "Esta cidade era designada pelos maias pelo nome de Zamá, que significa cidade da aurora. Tulum é também uma palavra maia para barreira ou parede, o que se entende facilmente pois a cidade encontra-se rodeada de espessa muralha protetora. A fundação desta cidade parece remontar ao ano 564 de acordo com algumas inscrições encontradas."

O fato é que Tulum é maravilhoso, e você pode inclusive descer por dentro das ruínas e dar um pulinho no mar. Eu adorei a sensação de me imaginar fazendo a mesma "purificação salgada" que fizeram os antigos.

Tulum para mim é um lugar ímperdível de visitar, estando no México!!!

Cancun e Isla Mujeres (Qu) = 3
Bom, quem já tá em Tulum já tá do ladinho da praia mais conhecida de Mar Caribe no México: Cancun.
O nome Cancun vem da etimologia da civilização maia khan kun que quer dizer pote ou ninho de cobras. O mar é sem dúvida fantásticamente lindo, mas a praia em si eu achei desconfortável. Nos lugares mais centrais você tem que ficar na pequena faixa de areia (extremanente branca, que é o que dá essa cor linda ao mar, porém é super necessário estar de óculos escuros quando se tiver na areia) entre o mar (ai o mar..) e imensos hotéis. Existe outras praias mais retiradas mais sossegadas para tomar banho, mas ai com bastante gente (o que pra mim é melhor que prédios).

Tomando o ferry é possível ir para "Isla Mujeres".

Essa pequena ilha no período Pré-Colombiano, era sagrada para a deusa maia lunar Ixchel. Ao ocupar essa ilha, século XVI, os espanhóis lhe batizaram de  "Isla Mujeres" devido a grande quantidade de imagens de culto dessa deusa na ilha.

É um lugar super tranquilo e lindo para curtir o mar caribenho e o andamento da cidadezinha. Os picolés (geralmente caseiros) são deliciosos, o bom é ir provando um em cada lugar que tiver pra vender.
Também foi aqui que eu descobri que o óleo de côco é bom como protetor solar, pois eu estava as voltas tentando me proteger do sol de uma forma natural e quando entrei numa ervanária e perguntei para a senhorinha que atendia lá ela me disse que antigamente era só o que as pessoas usavam. Além é claro de chapéu e com uma exposição não muito excessiva ou em horário de pico. Já fazem 4 anos que esse virou o meu protetor solar, que aliás deixa uma cor lindíssima na pele.

Laguna de Bacalar (Qu) = 3
A " Laguna de Bacalar" é uma laguna localizada no sul do  estado mexicano de Quintana Roo. É  popularmente conhecida como a "Laguna de los Siete Colores", Laguna das Sete Cores, devido a que se pode distinguir sete diferentes tonalidades de azul entre suas águas, já que está formada por sete diferentes cenotes* , cujas águas desembocam construindo essa laguna. A laguna recebe esse nome por estar na borda da cidade de Bacalar, mais antigo povoado de Quintana Roo.
Eu cheguei sem saber nada disso, a noite, e ao despertar do acampamento no Parque Municipal da cidade (não sei se é permitido acampar, mas a noite não havia ninguém a quem perguntar) dei de cara com essa laguna, que é o véu translúcido do corpo da Terra. Lindíssima, transparente com areia branquinha, quentinha e doce. Um sonho.

Chichen Itzá (Yucatã) = 1
E eis que surge o mais famoso sítio arqueológico mexicano: Chichen Itzá. Wiki: "Chichén Itzá (do iucateque: Chi'ch'èen Ìitsha) é uma cidade arqueológica maia localizada na peninsula mexicana de Yucatã,  que funcionou como centro político e econômico da civilização maia.
As várias estruturas – a pirâmide de Kukulkán, o Templo de Chac Mool, a Praça das Mil Colunas, e o Campo de Jogos dos Prisioneiros – podem ainda hoje ser admiradas e são demonstrativas de um extraordinário compromisso para com a composição e espaço arquitetónico. O nome Chichén-Itzá tem raiz maia e significa "pessoas que vivem na beira da água". Estima-se que Chichén-Itzá foi fundada por volta dos anos 435 e 455 a.C. Foi declarada Património Mundial da Unesco em 1988."

E é lindo mesmo!

Na a pirâmide de Kukulkán estrutura mais famosa e simbólica dessas civilizações tem uma magia acústica incrível. Não se pode sair de lá sem fazer o famoso testa das palmas. Você vai pertinho dela e bate palma e impressionantemente ( e é mesmo gente eu fiz) o som que volta é igual ao barulho de um pássaro dessa região chamado Quetzal.
Dizem que nos dias dos equinócios de primavera e de outono, o próprio deus Kukulkan se fazia visível nessa pirâmide , por um instante, sob a forma de uma cobra.

Outros lugares super fortes em Chichen Itzá são:
O Cenote* Sagrado, onde ritualmente se praticavam sacrifícios humanos.

E o Caracol,  observatório astrônomico maia. Traduzindo do  site: http://www.minube.com/rincon/el-caracol-_-observatorio-astronomico-de-chichen-itza-a66538
"El Caracol já é realmente chocante por ter a forma de uma observatório atual, mas fica  mais chocante se você souber a sua história. Este é um verdadeiro símbolo da atividade astronômica maia, foi construído com fachadas, fendas e buracos especialmente concebidos para se focar na observação de eventos astronômicos específicos. O observatório está deliberadamente desviado do alinhamento da plataforma principal, com a intenção de que seus cantos opostos, Leste-Oeste apontem o nascer do sol no solstício de verão e o pôr do sol no solstício de inverno. A plataforma principal está perfeitamente alinhada à descida de Vênus na sua declinação norte máxima. O porão do observatório aponta para o pôr do sol,  pelo zênite.  E algumas das janelas e fendas do Caracol apontam para as estrelas. É muito chamativa a aparição do Sol pela janela numero 1, durante o Equinócio da Primavera ".

É lindo lindo lindo!!!

* Cenotes (Quin Roo e Yuc) = 3
A cenote é um poço natural de águas cristalinas, resultado de um colapso na rocha calcária que acaba expondo a água do subsolo. Especialmente associada com a Península de Yucatán no México, os cenotes foram muitas vezes usados pelos antigos maias para oferendas. O termo deriva de uma palavra usada nas terras baixas Yucatec Maya ", Ts'onot" , que se refere a qualquer local com água subterrânea acessível. Diz-se que eles são subterraneamente conectados.

Os Cenotes são maravilhosos, ainda mais pra se refrescar do calor que faz em Yucatán. É ver uma plaquinha escrita, na maioria das vezes a mão " Cenote" e ir correndo de toalha em mãos.

E aqui termina essa jornada!!
Espero que vocês tenham aproveitado comigo. Qualquer comentário é muito bem vindo!!!
Em breve voltarei com novas histórias de novos continentes, aguardem...

Para fechar com chave de ouro, deixo vocês com duas lindas praias chamadas Ilha Coral e Las Gatas e lindos pores de sol em Coatzacoalcos, Ixtapa e La Cucaracha . Infelizmente nesse relato tive que me focar em alguns lugares e deixar outros lugares lindos de fora. Igual deixo uma dica que funciona muito para mim: Os melhores lugares a gente conhece por acaso ;-)

Que as histórias, as culturas, a natureza e as pessoas sigam nos inspirando mais e mais para que nunca paremos de caminhar rumo ao horizonte.... Luz e amor sem fim!!!!