B)
Huamantla e Malinche (Tlax) = 3
Huamantla localizada na parte leste do estado mexicano de Tlaxcala , é a terceira maior cidade do estado em população. Em Huamantla podemos visitar o Museu Nacional de Marionetas e lá em cada Agosto se realiza um dos principais festivais internacionais de marionetas.
Na Páscoa Huamantla tem uma das celebrações mais coloridas do país com lindos tapetes feitos de serragem colorida em muitas das ruas onde passam as procissões.
Em Huamantla, na casa de minha grande amiga Vianey, tive o prazer de aprender a preparar o Tamal. O tamal ou tamale é um prato tradicional da culinária mesoamericana, feito de masa, uma massa normalmente feita à base de milho, que pode ser cozida a vapor, ou então fervida num invólucro, que pode ser feito de folhas de milho, de mandioca ou de bananeira, de abacate e que é retirado antes de ser consumido. Os tamales podem conter carnes, queijos, frutas, legumes, pimentas ou qualquer outra preparação consoante o gosto pretendido (doce ou salgado), e que pode ser sazonal. O gosto do Tamal lembra o da nossa Pamonha brasileira.
No dia seguinte fomos para o parque nacional "La Malinche" para subir a montanha. O parque é um desbunde de beleza. Nesse site se encontra mais informações sobre ele: (http://www.mexicodesconocido.com.mx/el-parque-nacional-la-malinche-tlaxcala-puebla.html)
O parque é rodeado por uma floresta linda e pode-se alugar chalezinhos como o da foto.
Bem cedinho começamos a subida no vulcão Malinche (Nahuatl: Venerável Senhora das ervas), Matlacuéyetl, Matlalcueye, Matlalcueitl (Nahuatl: Venerável Senhora da Saia Verde) ou La Malinche, um vulcão adormecido com uma altura de 4.503 metros acima do mar.
Os antigos tlaxcaltecas nomearam a essa montanha de Vulcão Matlacuéitl que era a esposa de Tláloc e deusa da vegetação, mas na chegada dos espanhóis se começou a chamar essa montanha de Malintzin em homenagem a mulher chamada Malinalli, companheira de Cortes, que ajudou como interprete dos espanhóis.
As histórias que envolvem essa apaixonada figura da Malinche são muito contraditórias. Há muita gente que a vê como uma traidora do povo mexicano, porém eu a vejo como uma mulher comum que se apaixonou por Cortês e assim o ajudou no contato com seu povo.
Acho difícil julgar essa mulher, que com certeza era a frente do seu tempo (por exemplo falava três línguas) e que como todas nós se apaixonou, sem saber como seria do futuro. Até hoje o seu nome é associado a traição, porém não conhecemos o contexto em que ela vivia ( as sociedades pré hispanicas estavam longe de ser sociedades igualitárias), e o contexto em que tudo aconteceu (com certeza ela não foi a responsável pelos interesses espanhóis).
Aliás estudando mais a história vemos que muitas vezes ninguém era culpado, afinal se agia numa ignorância que ainda se age hoje em dia, séculos mais tarde, em nome de interesses nem sempre benéficos.
Enfim voltando a montanha seu clima é frio no topo e quente nas bordas. Subimos na montanha para o primeiro lodge nas encostas do vulcão extinto, chamado pelo indígenas pré hispanicos de Matlalcuéye " a de saias azuis". E seguimos subindo. A cada metro de subida podemos ver uma paisagem ainda mais linda dos povoados que cercam a montanha.
E aqui ei-lo que surge, o cume da Malinche, frio a beça mas com uma vista espetacular!!!!
Xochicalco (Mor) = 1 e 3
Segundo o wikipedia: "Xochicalco é um sítio arqueológico pré-colombiano situado na zona ocidental do estado de Morelos, no México, 38 km para sudoeste de Cuernavaca. Em náuatle Xochicalco significa lugar da casa das flores. Declarado Património da Humanidade pela UNESCO em 1999.O apogeu de Xochicalco ocorreu após a queda de Teotihuacan, especulando-se sobre uma possível influência de Xochicalco sobre aquela. A arquitectura e a iconografia mostram afinidades com as de Teotihuacan e da Área Maia, além de parecer existir alguma relação com a cultura tlahuica."
Xochicalco para mim foi um dos sítios que mais me causou impacto. Parecia que se fechasse os olhos conseguia sentir a movimentação das pessoas e a cidade acontecendo.
Aqui tivemos o acompanhamento de um guia que nos contou várias histórias sobre Xochicalco, inclusive sobre o "Jogo da Pelota" um jogo ritual, tradicional das culturas pré hispânicas, onde a equipe que vencesse tinha a honra de morrer em sacrifício aos deuses. Pelo menos nos jogos rituais importantes de Xochicalco.
E esse é o famoso "Templo da Serpente Emplumada" (Quetzalcóatl) , um lindíssimo templo que permanece intacto a ação do tempo.
Cuernavaca = 2
Cuernavaca é a capital do estado mexicano de Morelos.Para mim foi uma das cidades mais coloridas que conheci no México. Infelizmente fiquei somente um dia. Seu carnaval é muito famoso e dizem que é lindíssimo. Seu nome provém do vocábulo náhuatl Cuauhnáhuac, que significa "perto do bosque"; a palavra derivou-se para Cuernavaca por deformação dos espanhóis. Infelizmente não tirei nenhuma foto em Cuernavaca mas na net se encontram fotos lindas :-)
Ahuatepec = 3
Em Ahuatepec, município vizinho a Cuernavaca todo ano tem o "Festival de Danças Circulares Mexicanas" (foto do cartaz do festival desse ano).
Esse festival foi um marco na minha vida, pois ele foi o grande estopim para minha decisão de seguir dançando como caminho de vida. O festival acontece num Monastério Beneditino super especial, em um lugar magicamente lindo, e no festival dançamos muito, com muita gente linda do mundo inteiro. Algumas fotinhos para dar o gostinho do quão especial esse festival é:
Tepoztlan = 2 e 3
Tepoztlán é derivado do Nahuatl e significa "lugar de cobre abundantes" ou "lugar das pedras quebradas". Isto é, derivado das palavras Tepoz-tli ( cobre ) e tLAN ("lugar / lugar de abundância")
Passei por Tepoztlán para subir na montanha famosa da região: o Tepozteco .
A cidade também é conhecida pelos sabores exóticos de sorvete.
A subida do Tepozteco é super puxada mas o visual é inigualável. Levamos uma manhã para subir, mas eu repetiria esse trajeto muitíssimas vezes.
Oaxaca (Oax) = 2
Esse estado é um dos meus xodós mexicanos. Oaxaca historicamente é a terra dos Zapotecas e Mixtecas. É uma cidade de impressionante cultura. O mercado é super cheio de cores, aromas e sabores. E você pode ter a sorte, como eu tive, de chegar um grupo de mariates e tocar para você enquanto você desfruta de uma maravilhosa tortilla oaxaqueña com salsa verde.
Lá tem uma feira de artesanatos que deixa qualquer pessoa que como eu adora a tecelagem colorida e maravilhosa da maioria dos povos latino americanos, louca. Eu fiquei horas olhando todos os trabalhos e estudando o que ia comprar , além claro de dar uma barganhada nos preços, pois eu sendo "Guera" como eles chamam o povo de pele mais claro com traços europeus recebia um primeiro preço mais alto do que quando contava que era brasileira. Muita gente acha isso uma atitude ruim, mas eu sinceramente acho justo uma vez que algumas moedas valem mais do que as outras, para mim é compreensível fazer essa conversão no valor. Quem paga em dólar ou euro tem que pagar o equivalente ao que pagaria no seu pais. Essa é a minha opinião.
A noite em Oaxaca é igualmente linda e pude ver um show de dança tradicional e um show de música local ao vivo no coreto da cidade.
Monte Albán = 1
Mais uma vez bebendo na fonte Wikipediana: "Monte Albán é um importante sítio arqueológico situado a cerca de dez quilómetros de Oaxaca de Juárez, estado de Oaxaca, México. Trata-se de uma das mais antigas cidades pré-hispânicas, tendo sido capital dos Zapotecas, e cujo apogeu se verificou entre os anos 500 a.C. e 800. Estima-se que a sua população tenha atingido os 35 000 habitantes e foi construída sobre uma colina cujo topo foi aplanado pelos seus construtores e que se encontra elevada 400m relativamente aos três vales de Oaxaca o que permitia aos seus habitantes a observação da região circundante até grandes distâncias. Monte Albán (espanhol para monte branco) era conhecida pelos zapotecas como Danipaguache (montanha sagrada da vida) e os astecas chamavam-lhe Ocelotepec (montanha do jaguar). O sítio de Monte Albán foi declarado Património Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1987."
O sitio é realmente enorme e mais uma vez nos relembra a complexidade que as antigas civilizações alcançaram.
Puerto Escondido = 3
Então para finalizar o relato de hoje: Puerto Escondido, a famosa praia mexicana, de grandes ondas e exuberante sua beleza. A palavra em Nahuatl para esta área era Zicatela, que significa "lugar de grandes espinhos". Hoje, ele refere-se a praia mais famosa da região.
A baía era conhecido como Bahia de la Escondida (Baía da Mulher Invisível) devido a uma lenda associada a este lugar. A lenda sobre o nome da praia diz que o pirata Andrés Drake, irmão do capitão famoso Francis Drake manteve seu navio ancorado na baía, quando a área era completamente desabitada, para descansar por alguns dias sem que fossem molestados pelas autoridades.
Algumas semanas antes, ele e sua equipe haviam sequestrado uma jovem Mixtec da vila de Santa Maria Huatulco e levavam-na como prisioneira. Na baía, a mulher conseguiu escapar da cabine em que estava aprisionada , e sendo boa nadadora, pulou no mar para chegar à costa e se esconder na selva logo depois da praia.
Desde então, os piratas se referiram à mulher como "La Escondida" e cada vez que o navio voltava a estas águas, o capitão ordenava que sua tripulação pesquisasse na área ao redor da baía, porém nunca mais a encontraram. Assim, a área tornou-se conhecida como a Baía de la Escondida, isto é Puerto Escondido.
E aqui termina a segunda parte desse relato, semana que vem o finalizarei.
Espero que estejam gostando, eu estou adorando reviver esses momentos e pesquisar mais sobre as histórias que aprendi lá.
Deixo vocês com dois lindos pores de sol no Oceano Pacífico de Puerto Escondido. Hasta luego!!!
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